Editora Suma de Letras
Tradutora: Micheli Vartuli
255 páginas
2015
Aos 14 anos tudo o que Sarai queria era terminar a escola,conseguir uma bolsa para uma universidade e, assim, ter uma vida normal, mas seus sonhos são destruídos quando sua mãe decide morar com Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres no México. Por nove anos, desde a morte de sua mãe, Sarai vive em um cativeiro no meio do deserto, com outras meninas, mantido pelo criminoso que se apaixonou pela garota. Mas apesar de não lembrar mais o que é uma vida normal, o desejo de escapar permanece vivo em Sarai. Victor é um assassino de aluguel que desde cedo foi treinado para matar a sangue frio. Ao ve-lo chegar à fortaleza, a jovem vê nele a sua única chance de fugir. Mas Victor é diferente, nem a ameaça e nem a sedução parecem afetá-lo. Quando a situação toma um rumo inesperado, os dois são obrigados a repensar tudo o que pensavam acreditar.
"A música me assombra, cada segundo melancólico dela, tanto que meus olhos fechados se enchem de lágrimas, mas só meu coração consegue derramar. "
Demorei alguns meses para ler A Morte de Sarai, pois, não sei o porquê, a capa me passava um quê de sobrenatural que de início não me atraia. Sequer a sinopse eu tinha lido. Até que na semana passada, pesquei-o da estante e, graças aos deuses, resolvi dar uma chance.
De início, achei que a história penderia para o lado dramático, mais triste, mas apesar de todo o seu passado, Sarai é uma personagem bastante forte que está decidida a recuperar a sua liberdade ou morrer tentando. A trama, que é uma mistura de história policial e drama com uma toque de romance, é extremamente envolvente. Redmerski cria cenas eletrizantes, cheias de ação e emoção, mas que acontecem no seu próprio tempo, deixando os acontecimentos os mais naturais possíveis e com isso podemos perceber a evolução na escrita da autora em relação aos seus dois livros anteriores. Dessa vez ela nos apresenta uma história sombria, altamente viciante e com uma dose alta de crueldade que me deixou muito ansiosa pela continuação.
Sarai, como já disse, é uma protagonista forte, que apesar de todos os traumas e tristezas não desiste fácil do que quer, mas que também possui o seu lado frágil facilmente explicado por tudo o que ela passou. Já Victor é o típico anti-herói que te choca no início mas depois te conquista a cada cena, mostrando aos poucos o seu lado mais humano. São duas pessoas dispostas a tudo para sobreviver. Não citarei mais personagens pois tenho medo de não me conter e liberar algum spoiler, mas posso dizer que a maioria deles em algum momento te surpreende de alguma maneira, seja boa ou ruim. O livro é forte, com temas que apesar de pesados, foram escritos de uma forma que não tem como o leitor escapar.
Sobre a série
A Morte de Sarai é o primeiro de cinco livros da série Na companhia de Assassinos. O segundo volume, intitulado de O Retorno de Izabel, tem lançamento previsto para Julho. Os demais volumes, The Swan & the Jackal, Seeds of Iniquity e The Black Wolf ainda não possuem previsão de lançamento por aqui.
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