Editora Arqueiro
Tradutor: Fabiano
Morais
240 páginas
2015
Eu estive aqui conta a
história de Cody, uma garota cuja melhor amiga, Meg, se suicida com
veneno. Cabe então a garota recolher os pertences na república em
que Meg morava. Ela aí descobre muitas coisas que a melhor amiga não
lhe contara, e um arquivo criptografado, que ao que tudo indica, Meg
não queria que ninguém o descobrisse. Quando consegue abrir o
arquivo, Cody descobre que não conhecia de verdade sua amiga.
É o segundo livro da
Gayle que leio. Li Se Eu Ficar, mas não gostei e portanto, não li a
continuação. Felizmente, a leitura de Eu Estive Aqui foi muito mais
agradável. Talvez seja só impressão, mas eu percebi uma grande
melhora na escrita da autora, sem falar sobre a sinopse, que tem uma
premissa bem mais interessante, em minha opinião.
Ao contrário dos
outros livros da autora com a capa no mesmo estilo, acho que essa
combinou muito bem com a história. Muitas vezes as fotografias são
mencionadas, e a imagem demonstra exatamente isso: lembranças,
momentos, saudades.
Eu estive aqui tem
todos os elementos que me chamam a atenção como leitora. Há o
romance, que é lento e delicado, o casal vai se apaixonando
gradualmente; há o suspense e o drama, que ocorrem quando Cody quer
desesperadamente descobrir o porquê Meg se matou, o porquê que ela
não suspeitara em momento algum; e há a “aventura”, que é
quando ela parte em busca do seu passado e do seu futuro.
A autora escreveu com
um ótimo ritmo, o que me fez ler tudo desenfreadamente.
“E vê que todas aquelas coisas que achava tão importante que fossem ditas, na verdade, não eram. Não valiam a pena dize-las.”
Todos os personagens
são incríveis. Com várias personalidades distintas, todos tiveram
ao menos uma pequena participação na trama, e todos foram
importantes, até mesmo as personagens que apareceram apenas em uma
cena ou outra.
Apesar de tudo, não
senti uma personalidade consistente em Cody. Ela perdeu a amiga, e dá
muitas respostas irônicas, mas não demonstra sentimento algum além
disso.
E mesmo com um certo
mistério, sobre o que aconteceu, o desfecho é feito de forma
previsível, e meio sem graça. Não era o ponto do livro, que é
focar na perda de uma pessoa querida, mas acredito que a autora
poderia ter focado melhor nisso.
“Eu estive aqui. Ela adorava isso. 'O que mais você pode dizer, não é mesmo?'”
PS: A personagem Meg
não foi moldada apenas pela mente de Gayle. A autora baseou numa
história que ela teve conhecimento, sobre uma garota que suicidou-se
também. A história é real, e é séria. No fim do livro, há um
link importante. Caso você se sinta mal e pense no suicídio,
procure ajuda. O link é
http://cvv.org.br/site/divida-com-a-gente.html.
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