Resenha: Felicidade Para Humanos - P. Z. Reizin


Editora Record
Tradução Ronaldo Sergio de Biasi
392 páginas
2018

Não conte para ninguém, mas Jen é uma das minhas pessoas favoritas.
(Máquinas não devem ter favoritos. Não me pergunte como isso aconteceu.)
Jen está triste. Aiden quer que ela seja feliz. Formou? Não necessariamente. É que Jen é uma mulher de trinta e poucos anos cujo namorado acabou de trocá-la por outra e Aiden é um programa de computador muito caro e complexo.
Aiden conhece Jen melhor que ninguém. Com acesso a todos os seus dispositivos, Aiden sabe qual é a música mais tocada de sua playlist, consegue achar suas fotos preferidas e selecionar as citações que mais a inspiram nas redes sociais. A partir de observações e de algoritmos singulares, ele resolve procurar um novo parceiro para ela. E com a internet inteira à sua disposição, não precisa ir longe para encontrar o que conclui ser o espécime perfeito e arquitetar um encontro. O problema é que Jen não parece querer contribuir para o plano infalível de Aiden.
Será que uma máquina muito inteligente artificialmente conseguirá desvendar a inteligência emocional para poder interferir de um jeito positivo na vida de Jen? E, o que é mais difícil, será que essa máquina vai descobrir o que exatamente faz os seres humanos felizes?

*Sinopse original


Sabe aqueles livros que só de olhar a capa você não da nada e já pensa em descartar sem nem olhar duas vezes? Pois então, essa foi a minha reação ao ver Felicidade Para Humanos pela primeira vez: apesar da capa bonitinha eu não colocava muita fé nele mas foi só começar a leitura e logo nas primeiras páginas já me vi imersa nessa mistura de romance com ficção científica.

Jen é uma jornalista que agora trabalha com testes de inteligencias artificiais em uma empresa de tecnologia e sua tarefa é conversar com Aiden, uma AI projetada para lidar com pessoas, e relatar suas experiências. Pensando em dar um passo além em sua vida amorosa, ela é surpreendida pelo namorado que a deixa, dizendo estar apaixonado por outra, fazendo com que Jen passe os dias tomando banhos de banheira, bebendo vinho e ouvindo Lana del Rey enquanto chora e desiste da sua vida amorosa. O que ela não sabe é que Aiden, sua inteligência artificial, observa tudo através dos aparelhos eletrônicos. Ao escapar para a internet, Aiden adquiriu consciência, opinião e uma personalidade próprias e acha que Jen merece mais chances de conhecer alguém. Aisling também é uma IA que vive pela internet, até mesmo a mais tempo do que Aiden. Curiosa, ela adora observar Tom, um ex-publicitário aposentado, divorciado e solitário que conversa com seu coelho de estimação. Eis que surge a ideia de unir esses dois seres humanos solitários e Aiden e Aisling decidem se unir nessa missão que não tem o que dar errado... será?


Felicidade Para Humanos foi uma surpresa muito, muito boa! Extremamente bem humorado, foi impossível não me apaixonar por essa mistura de gêneros onde os cupidos são inteligências artificias curiosas e cheias de personalidade. As páginas são recheadas de romance, aventuras (e desventuras também), boas tiradas, momentos de tensão que deixam os leitores atentos e de cabelos em pé.

Se tem uma coisa em que o autor acertou a mão foram nos personagens. Tanto os humanos quanto as AIs tem suas personalidades muito bem definidas e desenhadas. E é delicioso acompanhar o processo de aprendizado e de curiosidade das AIs, incluindo uma versão menos amigável que surge em certo momento, em relação as emoções, sensações e vontades humanas, assim como é interessante acompanhar como os humanos lidam com as AIs e com outros humanos.

Dividido em 9 partes que possuem vários capítulos, o livro é contado do ponto de vista de vários personagens, incluindo as AIs, que alternam suas visões sobre a situação. Alguns mais curtos do que os outros, porém todos de leitura muito fácil, ágil e agradável.

Com lançamento previsto para o dia 26 de março de 2018 e com direitos cinematográficos adquiridos pela FOX, Felicidade Para Humanos é um romance que inova ao acrescentar na fórmula gêneros que pouco se misturam, dando vida a uma história que surpreende e agrada a quem gosta de tramas onde os personagens vão muito além do esperado. Uma boa pedida para os fãs de chick lits.





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