Resenha: A Namorada do Meu Amigo - Graciela Mayrink

Editora Novo Conceito/Novas Páginas 
334 páginas
2014

Beto, Cadu e Caveira são amigos e tão inseparáveis que são conhecidos como os três mosqueteiros. Vivem cercados pela Juju, uma garotinha chata e irritante, que insiste em dizer que é o D'Artagnan. Onde já se viu, D'Artagnan mulher? Mas o problema deles acaba quando a família de Juliana se muda para Porto Alegre... E recomeça anos depois.
Ao voltar das férias de verão, Cadu descobre que Juju voltou, crescida, legal e extremamente linda. Paixão à primeira vista, pena que agora ela é a namorada do seu melhor amigo, Beto.
Será que vale a pena colocar em risco uma amizade para viver uma paixão?

"Sentado em minha cama, olhando para o nada, eu me perguntei por que isso tudo tinha que acontecer comigo... Queria que meu amigo fosse feliz... Infelizmente, não escolhemos quem vamos amar."

A namorada do meu amigo é um clássico dos triângulos amorosos. Cadu se apaixona por Juliana, que namora Beto, que é amigo de Cadu e isso, basicamente, resume a trama.



Não, o livro não é ruim, ao contrário. É uma boa leitura pra quem quer algo leve e divertido para passar o tempo. Apesar de não gostar muito da maneira como a Graciela escreve, achei a narrativa fluida e ágil, daquelas que em poucas horas te conduz ao fim. Mas a trama em si não me atraiu muito, confesso. Faltou aquele algo a mais que nos faz torcer pelo casal principal, que nos convence de que eles precisam ficar juntos. Cheguei ao ponto de torcer, e muito, para a outra. Na verdade foram os personagens secundários os que mais gostei, já que achei a Juliana uma menina muito sem sal, o Beto um cara ciumento e controlador, do tipo que quer decidir a vida amorosa das irmãs,  e o Cadu, um belo de um chato fura olho, que diz que tenta não gostar da Juju, mas na verdade só dá justificativas fracas pras suas atitudes.

Já em segundo plano temos o Murilo, vulgo Caveira, o amigo livre, leve e solto, cheio de atitude e sem noção, que mesmo sem querer sempre está pronto para ajudar, ou para uma festa, e as irmãs do Beto; Emília e Alice. Fortes e decididas, as duas sabem bem o que querem e tentam ao máximo tomar as rédeas da própria vida. Principalmente a irmã mais nova, a Alice, que é apaixonada pelo Cadu (não é spoiler gente) e vai atrás do que quer.

O fim, apesar de previsível, acabou de um jeito um pouco inesperado, que achei bem legal, mas senti falta de saber o que viria depois, tanto com os protagonistas quanto com os demais personagens. Senti falta também de um clímax, um ponto alto na história que trouxesse expectativa.
Dou ponto positivo pra relação criada entre a história dos Três Mosqueteiros e Beto, Cadu, Caveira e Juliana, que desde pequenos nutrem uma mistura de amor e fanatismo, que deu um toque de emoção ao livro.

2 comentários:

  1. Bom, a sinopse deste livro nunca me chamou a atenção - pra falar a verdade achei boba - e a sua resenha só veio a confirmar isto. Ando meio cansada desses drama bobos de NA.

    ResponderExcluir
  2. @Joιѕ Duarte
    Realmente, acho que faltou um algo a mais nesse livro.Alguns NA são bem legais, mas esse não é muito atrativo, pelo menos para mim.

    ResponderExcluir