Editora Rocco
Tradutor: Paulo Reis
368 páginas
2016
ATENÇÃO: Em alguns trechos da resenha, separo Einar de Lili. Não só para facilitar o compreendimento do texto, como também pelo fato do Einar definir a Lili como se fosse uma outra pessoa, com outro cérebro, dividindo o corpo com ele. Espero que compreendam e boa leitura! :3
ATENÇÃO: Em alguns trechos da resenha, separo Einar de Lili. Não só para facilitar o compreendimento do texto, como também pelo fato do Einar definir a Lili como se fosse uma outra pessoa, com outro cérebro, dividindo o corpo com ele. Espero que compreendam e boa leitura! :3
A Garota Dinamarquesa
trata-se de um romance baseado na vida de Lili Elba, pioneira no
movimento trans. Tudo começa quando a mulher de Einar Wegener,
Greta, pede para que ele pose com o vestido de sua modelo – que não
pôde comparecer no dia – para que ela possa terminar sua pintura.
A partir desse momento, Einar passa a se vestir cada vez mais com seu
alter ego, Lili, o que provocará grandes mudanças na vida de todos
ao redor do casal.
Estava bem animada com
essa leitura, não só pela grande vontade de assistir o filme, mas
príncipalmente pelas críticas positivas e premissa
interessantíssima.
O livro conta como o
pintor Einar Wegener, após posar como uma moça para um quadro de
sua esposa, passa a perceber que ele não sabe quem realmente é. Ao
mesmo tempo que é apaixonado por Greta e pela intimidade que eles
têm, também se sente atraído por outros homens e pelo mundo feminino.
Logo, ele passa a se vestir com frequência como Lili, aflorando de vez seu
lado feminino enquanto frequenta a sociedade como o que ele realmente
era por dentro: uma mulher.
A leitura inicia-se de
modo lento e eu diria que até mesmo arrastada, o que me fez
desanimar um pouco com o livro. Felizmente ele pega ritmo depois,
tornando-se mais fluído, interessante e com uma carga emocional
gigantesca, conforme a história avança com os dilemas de Einar e
Lili, e com a coragem, dedicação e amor de sua esposa, Greta.
Para mim, ela é a
melhor personagem do livro, pois demonstrou enorme força de vontade
para ver seu marido e Lili felizes. Apoiou a ambos em todos os
momentos, sendo muitas vezes a única que acreditava em Lili. A
relação de intimidade que ambos mantinham no casamento foi algo
formidável e o autor conseguiu mostrar esse aspecto ao leitor de
forma intensa e clara, permitindo assim, uma melhor compreensão da
situação.
“Pois era essa a luta ineuxarível de Greta: a necessidade perpétua de estar sozinha, mas sempre amada, e sempre amando.”
Já Lili é uma
personagem maravilhosa, apesar de ter me parecido um pouco caricata
em alguns momentos. Entretanto, a personagem era o toque de leveza do
livro, tornando-o mais singelo. Uma grata surpresa foi o irmão de
Greta, Carlisle, que antes de entrar de fato na história me parecia
uma pessoa dura, mas que mostrou-se gentil e atencioso com Lili,
tornando-se um personagem bem construído.
Em minha opinião, o
ponto mais interessante da história foi como o autor conduz a
questão do transsexualidade naquela época. Afinal, estamos falando
da década de 1920 e 1930 e de como Lili foi a primeira mulher a se
assumir trans, tendo realizado a cirurgia. Hoje em dia, inúmeras
pessoas ainda reagem extremamente mal a esse assunto, naquela época
então raríssimo era os que compreendiam. Ao menos no livro (já que
o autor avisa que grande parte é romantizada), Einar e Lili chegam a
procurar 4 médicos que oferecem curas absurdas ao “problema”
deles. Nesse ponto, A Garota Dinamarquesa retrata de forma bruta e
cruel tal situação, já que Einar não sabia o que realmente se
passava com ele, precisando de respostas que felizmente, ele
encontrou depois.
Intenso e emocionante, o livro que inspirou o filme estrelado por Eddie Redmayne e Alicia Vikander possui um final bonito, mas que me causou
ligeira confusão, visto que é bem poético. É um belo romance para
conhecer duas mulheres fantásticas, uma tendo lutado pelo amor,
outra pelo direito de ser quem realmente era, e ambas pela
felicidade.
Ai meu Deus do céu, eu quero tanto ler esse livro. Parece ser impressionante. Ainda mais pelo fato da transsexualidade neh!!! E ainda pela luta que as duas enfrentam. Ai tô apaixonado já!!!
ResponderExcluirAté mais,
http://www.meninoliterario.com.br/
Apaixonei tanto pelo filme, mas tanto que a vontade de ler é gigantesca, este livro com toda a certeza está em minha listinha!
ResponderExcluirBeijos,
Elfo Livre
Olá, Camila, tudo bem?
ResponderExcluirEu realmente não sei por que ainda não assistir a esse filme, desde os trailer o enredo me pareceu fantasístico, ainda mais se tratando de uma realidade de muitos anos atrás e que ocorre hoje como você citou, eu soube mais tarde que o filme era baseado em um livro, fiquei bastante curiosa para lê-lo, me agrada saber que a leitura foi positiva e que te conquistou, afinal eu estava muito receosa quando a isso, agora sem sombra de duvidas pretendo ler, a resenha ficou ótima, muito bem explicadinha pude ter uma visão muito clara do livro.
Beijinhos
http://resenhaatual.blogspot.com.br/
@Menino Literário
ResponderExcluirOlá, tudo bom?
O livro é lindo, mas também achei triste. Vale muito a pena a leitura, a força e o laço que ambas tem é algo admirável!
Beijos.
@Karol Póss
ResponderExcluirOi Karol, tudo bom?
Ainda preciso ver o filme, não tive a oportunidade. Espero que goste tanto quanto eu!
Beijos.
@Resenha Atual
ResponderExcluirOi, Ingrid! Tudo e com você?
Também não assisti ainda, preciso mudaar isso urgentemente! hehe
No início achei que fosse me decepcionar, mas se mostrou uma leitura muito proveitosa.
Beijos!