Editora Novo Conceito
Tradutora: Camila
Fernandes
288páginas
2015
A história começa com
o anúncio de que a NASA levará três adolescentes, juntamente de 5
astronautas, para passar 172 horas na lua. São sorteados Mia – uma
norueguesa que quer mais sucesso pra banda; Antoine – um francês
que terminou um relacionamento e quer ir o mais longe possível da
ex; e Midori – uma japonesa que tem como objetivo ir embora do
Japão. Eles passarão uma semana na base Darlah 2, um lugar
desconhecido até então pelo resto do mundo.
O que era pra ser
apenas uma viagem normal, na medida do possível, acaba se tornando
algo misterioso, com acontecimentos inexplicáveis, motivo que levou
a NASA a não enviar mais astronautas para a Lua há quase 50 anos
atrás.
Leu a sinopse? Parece
uma história fabulosa, certo? De fato, 172 Horas na Lua foi um livro
bom, e tinha tudo para ser fantástico, mas a verdade é que a
premissa é interessantíssima e original, mas foi um tanto mal
aproveitada.
Dividindo-se em 3
partes, a primeira possui uma narrativa bem monótona, devagar e
lenta, nos apresentando as personagens, principalmente os
adolescentes escolhidos e seus motivos para entrarem no sorteio. A
segunda parte é a melhor parte, apesar de bem rápida. Narrada
quando os astronautas e jovens chegam na lua, é quando a história
realmente parece começar. O mistério é bem desenvolvido e confesso
que me peguei olhando assustada pra lua. Por falar na lua, pareceu o
lugar ideal para esse tipo de história. O ambiente retratado pelo
autor tornou tudo mais real e pavoroso, já que ele soube detalhar
muito bem a história, com fatos verídicos sobre a lua, a NASA e o
espaço em si.
O final entretanto, tem
inúmeras reviravoltas e não entendi a princípio, e precisei reler
mais algumas vezes para compreender. Quando finalmente entendi então,
fiquei boquiaberta. Foi um final interessante e o autor teve coragem
para retratar o assunto que ele queria, que é incomum (ao menos nos
livros que leio!).
“Faltavam menos de 24 horas para partir. Em apenas dezesseis horas ela estaria lá fora. E o foguete decolaria com ela a bordo. Em uma velocidade de onze quilômetros por segundo, eles deixariam a atmosfera terrestre e se afastariam de tudo o que ela conhecia.”
Na verdade, os
adolescentes foram o ponto mais negativo da leitura pra mim. Como é
possível ler na sinopse, nenhum dos 3 adolescentes sorteados tinha
sequer o real interesse de ir para o espaço. Todos tinham outros
objetivos em mente. É o de menos, claro, se não fosse pela
personalidade (ou a falta dela) de cada um deles. A melhor e mais
interessante personagem pra mim foi Mia, que parece ser a real
protagonista do livro. Apesar de ela começar como uma adolescente
mimada, que faz confusão e briga com os outros por tudo, é
perceptível que ela amadurece ao aceitar a missão, tornando-se
confiante, corajosa e cautelosa, sabendo bem o que quer. Midori, por
outro lado, não parece nem de longe ter a idade que tem. Ela parecia
mais uma criança, tornando-se birrenta e a personagem que menos tive
afinidade. Antoine, por outro lado, não teve como sentir
absolutamente nada por ele, porque senti que ele não teve uma
personalidade bem definida, aparecendo relativamente pouco e sendo
retratado como medroso. Quanto aos outros personagens, encaixam-se no
mesmo quesito que o francês. A impressão que ficou é que, apesar
de terem suas peculiaridades e traços de personalidades
pré-definidos, não foram muito bem moldados. Entre os astronautas
favoritos, ficaram Coleman e Peter.
É necessário destacar
o belo trabalho de diagramação que a Novo Conceito fez. O livro é
recheado de imagens para ilustrar determinadas cenas (nem sempre
importantes), o que facilita ao leitor imaginar tal ambiente, como as
bases lunares, que possuem um mapa na obra.
Para finalizar, 172
horas na lua é um livro bom e que tinha tudo para dar certo. Mas
faltou mais atenção aos detalhes e respostas para perguntas
essenciais (por exemplo, para quê exatamente mandar adolescentes
para lua) para uma história melhor desenvolvida. É uma pena que não
tenha sido uma leitura ótima pra mim, já que me interesso bastante
pelo assunto. E a lua continua linda!
Olá, Camila, tudo bem?
ResponderExcluirNão sei ao certo se gostei ou não desse enredo, a verdade que não faz meu tipo de leitura, mas precisamos ter a mente aberta para ler e conhecer cenários diferentes do que temos costume, mas duvido muito que iria me identificar com a estória, o mais gosto nas suas resenhas e fato de você não ter medo de se expressar, você realmente espoem o pontos negativos para que leitor tem consciência caso queira ler o livro, que pena que livro não atingiu suas expetativas afinal você me falou que gostaria de viajar para lua HAHAHAHA.
Beijinhos
http://resenhaatual.blogspot.com.br/
@Resenha Atual
ResponderExcluirOi, Ingrid! Tudo bom?
Obrigada pelo elogio! Até faz meu tipo de história, mas não foi a melhor das leituras.
Beijos!