Resenha: Quando Cai a Noite - Carina Rissi


Editora Verus
476 páginas
2017

Outras resenhas da autora:
Destinado
No Mundo da Luna
Mentira Perfeita
Prometida
Menina Veneno

Briana Pinheiro sabe que não é a pessoa mais sortuda do mundo. Sempre que ela está por perto algo vai mal, especialmente no trabalho. Por isso é tão difícil manter um emprego. E a garota realmente precisa de grana, já que a pensão da família não anda nada bem. Mas esse não é o único motivo pelo qual Briana anda perdendo o sono. Quando a noite cai e o sono vem, ela é transportada para terras distantes: um mundo com espadas, castelos e um guerreiro irlandês que teima em lhe roubar os sonhos... e o coração. Depois de ser demitida — pela terceira vez no mês! —, Briana reúne coragem e esperanças e sai em busca de um novo trabalho. É quando Gael O’Connor cruza seu caminho. O irlandês de olhar misterioso e poucas palavras lhe oferece uma vaga em uma de suas empresas. Só tem um probleminha: seu novo chefe é exatamente igual ao guerreiro dos seus sonhos. Enquanto tenta manter a má sorte longe do escritório, Briana acaba por misturar realidade e fantasia e se apaixona pelo belo, irresistível e enigmático Gael. Em uma viagem à Irlanda, a paixão explode e, com ela, o mundo de Briana, pois a garota vai descobrir que seu conto de fadas está em risco — e que talvez nem mesmo o amor verdadeiro seja capaz de triunfar...
*Sinopse original


"Desistir nem sempre é perder. Muitas vezes abandonar o que não está funcionando é a única maneira de ter a chance de recomeçar."

Quem acompanha o blog já tá cansado de saber que a Carina é a minha autora nacional favorita, mas fazia um bom tempo que eu não lia algo dela que realmente me empolgava e prendia pois desde Destinado venho achando suas histórias muito parecidas, embora todas muito bem escritas e arquitetadas, e sem um diferencial que as fizesse se destacar. Com "Quando cai a noite", apesar da premissa diferente, me preparei para a sensação de mais do mesmo ao ler o título, contudo, para minha imensa felicidade, tudo o que esse livro não foi, foi ser mais do mesmo.
Um grande ponto, que ajudou muito na trama ao meu ver, é que a autora fez uma excelente protagonista que não se confunde com as mocinhas dos livros anteriores, mesmo com características parecidas. Briana (vocês também amam esse nome?) possui personalidade e trejeitos únicos que a destacam e mesmo o fato de ser uma pessoa super azarada, que se atrapalha e se dá mal em tudo não foi, como imaginei, um fato irritante ou incomodativo. Na verdade ela é uma protagonista encantadora e por quem desde o início torcemos. Gael, seu par romântico, não fica atrás: como a maioria, senão todos, os rapazes criados por Rissi, ele é do tipo que provoca suspiros, atiça a imaginação e nos faz planejar toda a vida feliz que ele terá com a mocinha desde os primeiros capítulos (sim gente, eu sou louca, não reparem haha).

Uma característica que amo nas histórias da Carina é o fato delas serem permeadas pelo bom humor, então por mais drama que haja nunca faltam boas risadas durante a leitura e nesse caso não foi diferente. "Quando cai a noite" é uma leitura muito gostosa, fluida e ágil, um daqueles "tijolos" (quase 500 páginas) que você engata, perde a noção do tempo e quando percebe um dia se passou e o livro já foi praticamente devorado por inteiro. Isso muito se deve à excelente narrativa da autora que está chegando ao ponto de me deixar sem palavras para descrever, e porque não elogiar, sua escrita a cada livro seu que resenho. Outro ponto forte da trama é a temática mística, que foi bem trabalhada e trouxe uma aura de conto de fadas com uma pegada muito moderna, e o lindo cenário irlandês que contribuíram para o destaque que a história obteve em relação aos demais livros da autora.

"Porque, onde há amor, a esperança continua existindo."
Uma excelente leitura para os amantes de romances contemporâneos que provocam suspiros e risadas, "Quando a noite cai" entrou para o meu top 3 de títulos favoritos da autora, que me reconquistou como leitora ao me surpreender quando eu achava que não tinha nada mais a lançar que fosse diferente da sua fórmula usual.

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