Elenco: Alba August, Mikkel Boe Folsgaard, Jessica Dinnage
Criação: Jannik Tai Mosholt, Esben Toft Jacobsen, Christian Potalivo
Número de episódios: 08
Duração por episódio: cerca de 40 minutos
Ano: 2018
Gênero: Drama, Ficção científica
Sinopse:
Seis anos após um vírus brutal ter massacrado quase toda a população da Escandinávia, dois irmãos dinamarqueses decidem sair da segurança de seu bunker para verificar o que se passa do lado de fora de sua fortaleza. Em meio aos escombros, eles encontram um grupo de jovens sobreviventes e juntos irão até o fim para encontrar uma única esperança de uma vida melhor.
Olá, pessoas! Depois de me aventurar fazendo uma crítica de A Barraca do Beijo, decidi expandir um pouco mais os horizontes do blog e falar também sobre séries, uma vez que elas fazem muito mais parte do meu repertório do que os filmes, e a escolhida para estrear a coluna é a pós-apocalíptica The Rain. Lançada em maio pela Netflix, The Rain me chamou a atenção logo no lançamento pelo seu tema à la fim do mundo como o conhecemos, que é um dos meus estilos favoritos de história.
The Rain conta a história de dois irmãos dinamarqueses, Simone e Rasmus, que sobrevivem num cenário apocalíptico em que, seis anos antes, um vírus presente na chuva dizimou grande parte da população. Sobrevivendo durante esse período em um bunker, os irmãos decidem se aventurar no mundo agora desconhecido e acabam se juntando a um grupo de jovens sobreviventes na esperança de encontrar respostas e um novo lugar no qual viver.
Repleta de suspense e tensão, o primeiro episódio é bastante introdutório, e por sua vez lento, abrindo diversas lacunas sobre o que realmente aconteceu. A lentidão melhora a partir do segundo episódio, onde flashbacks nos contam sobre o passado dos irmãos e dos demais personagens que surgem a partir daí, o que ajuda na criação de uma conexão. Mas o foco maior da série é na relação fraternal em meio ao cenário caótico em que os sobreviventes se matam em brigas por comidas em uma constante fuga da chuva e dos agentes do governo que, por um motivo inicialmente desconhecido, recolhem sobreviventes à força.
O início da trama como um todo se dá de forma eletrizante, exibindo todos os elementos dignos do gênero como um vírus mortal e sua cura, a empresa malvada que carrega a culpa pelo acontecido, a protagonista jovem e corajosa que luta pelo o que é certo e até mesmo uma pequena dose de romance (mas bem pequena mesmo). O que falta na verdade é um toque de originalidade, pois embora a série apresente uma boa história ela não vai além dos moldes do que já foi feito e é conhecido dentro do gênero, tornando previsível muitos acontecimentos ao longo dos episódios. Pode-se dizer que The Rain é boa, mas se mantém na zona de conforto.
Apesar da questão da originalidade e de possuir personagens que se dividem entre nos irritar e causar raiva, como o Rasmus que possui atitudes bem irracionais e infantilizadas, e nos fazer torcer por eles, como Simone e Lea (Jessica Dinnage) mesmo essa última sendo uma personagem mais apagada, a série acerta muito nos quesitos visuais, com ambientações incríveis - tanto no bunker quanto na cidade e na floresta -, cores e uma iluminação que transmitem muito bem o tom de suspense com toques de terror que a trama se propões a passar.
Com pitadas de terror, The Rain é uma opção de série muito válida para os fãs do gênero que querem assistir algo novo mas que não seja necessariamente inovador ou para quem quer ser aventurar em algo diferente. Ao longo dos episódios muitas pontas soltas e perguntas sem respostas são deixadas, fazendo que, por fim, a série nos prenda pela curiosidade acerca dessas respostas a serem entregues. O desfecho empolga e retoma a rotina de fuga dos personagens - que agora possuem mais informações, novos perigos e laços mais fortes entre si - gerando um bom gancho para a continuação da jornada desses jovens dinamarqueses, que, espero eu, virá de fôlego renovado. Até lá, fiquem longe da chuva. Não custa prevenir.
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