Resenha: O Ceifador - Neal Shustermam


Editora: Seguinte
Tradutor: Guilherme Miranda
448 páginas
2018

Outras resenhas do autor:
Fragmentados
O Fundo é apenas o começo

Primeiro mandamento: matarás.

A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade.
Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.
*Sinopse original

"O que mais desejo para a humanidade não é a paz, o consolo ou a alegria. É que ainda morramos um pouco por dentro toda vez que testemunhemos a morte de outra pessoa. Pois só a dor da empatia nos manterá humanos, nenhum Deus vai poder nos ajudar se algum dia perdermos isso."

Sabe aquele livro que você cansou de ver por aí mas que nunca realmente prestou atenção? Pois bem, esse é o meu caso com O Ceifador, título que já ouvi falar por diversas vezes mas que só vi realmente com atenção após receber da Seguinte o segundo volume da trilogia, A Nuvem, o que me fez correr atrás do primeiro livro e, só então, foi que eu reparei nele de verdade e percebi que foi escrito por um autor que já havia me conquistado (sim gente,sou bem desatenta às vezes haha), lá em meados de 2015.


Não tem como negar: Neal Shusterman está se tornando um autor recorrente na minha estante e a tendência é que o seu espaço seja cada vez mais preenchido, principalmente com suas distopias que têm se mostrado muito boas. Numa Terra quase completamente governada pela Nimbo-Cúmulo - que nada mais é do que a "nuvem" que conhecemos hoje evoluída ao extremo - entramos em 2042: um futuro onde mais nenhuma moléstia atormenta os humanos, nem mesmo a morte. Com isso, para evitar a superpopulação e todos os problemas que ela traz, foram criados os Ceifadores, os únicos que podem dar fim à vida de alguém, geralmente uma pessoa escolhida aleatoriamente. Nisso conhecemos Citra Terranova e Rowan Damisch, dois adolescentes que são escolhidos como aprendizes de ceifador contra a sua vontade e iniciam um treinamento que vai mudar suas vidas por completo.

Pois bem, já enrolei o bastante mas confesso que está sendo difícil conseguir me expressar sobre essa leitura pois apesar de não ser difícil de entender a sua trama é cheia de detalhes que a tornam complexa e, nossa, como eu gostei desse livro! Neal parece ser mestre em pegar temas não usuais e transformá-los em histórias incríveis e trazendo diversos questionamentos acerca das nossas ações e do futuro, nos tirando da zona de conforto ao trazer questões que fazem refletir e angustiam.

A narração se dá em terceira pessoa e se divide entre os pontos de vista de Citra e Rowan - dois personagens bastante interessantes e que se transformam ao longo dos acontecimentos - e trechos dos diários dos ceifadores, o que foi um grande acerto pois se tornou um dos pontos altos da trama saber um pouco do que se passava na mente deles e contribuiu para que fosse uma daquelas histórias bem difíceis de largar. Outro ponto positivo foram as diversas reviravoltas que mantiveram a história sempre ativa e sem espaço pro marasmo.

Com um desfecho bem fechado e que, aparentemente, dispensa continuações (e por isso mesmo me deixa extremamente curiosa pra saber o que o segundo livro traz), O Ceifador foi além da premissa bastante criativa e trouxe como produto final um livro bem construído e desenvolvido, com um enredo repleto de detalhes interessantes e surpreendentes. A minha resenha não fui muito eficaz em te convencer, eu sei (eu disse, foi extremamente difícil falar desse livro e eu falhei nessa missão), contudo é uma leitura essencial para quem gosta de distopia e procura algo que se destaque na multidão.










11 comentários:

  1. Me fez lembrar de Supernatural, personagens assim nos fazem repensar no nosso modo de viver!!
    Resenha bem equilibrada!

    ResponderExcluir
  2. Histórias que nos fazem questionar, são sempre as melhores e mais interessantes

    ResponderExcluir
  3. acredita que eu ganhei ele e não li, agora irei ler sem duvida!

    ResponderExcluir
  4. Eu vejo muitos elogios a esse livro e ele está aqui na minha listinha!
    Adoro o gênero dele!

    Beijo!
    Cores do Vício

    ResponderExcluir
  5. Que demais, quero ter a oportunidade de ler!

    ResponderExcluir
  6. Hi Sajla! Your blog is so beautiful, i will follow with pleasure.

    ResponderExcluir