Editora: Astral Cultural
Tradutor: Ivar Panazzolo Junior
336 páginas
2018
Crítica da adaptação: A Barraca do Beijo
Lee é o melhor amigo de Elle desde sempre mas uma de suas regras é que ela não pode se envolver com o irmão dele, Noah Flynn - o bad boy mais lindo da escola -, por quem Elle sempre teve uma queda. Mas fica ainda mais difícil cumprir essa regra quando Noah resolve aparecer na barraca do beijo que Lee e Elle montaram para o Festival da Primavera da escola.
Mesmo sendo bonita e popular, Elle nunca foi beijada mas está prestes a iniciar um romance com o garoto mais desejado da escola. E agora, será que vai dar certo?
"Não conseguia me acostumar com a ideia de que o meu primeiro beijo seria com Noah Flynn. O irmão mais velho do meu melhor amigo."Essa foi uma das poucas vezes em que assisti a uma adaptação antes do livro e também foi uma das poucas vezes em que gostei mais do filme do que do livro que o originou. A adaptação feita pela Netflix me deixou encantada com a trama clichê adolescente e de personagens cativantes, enquanto o original me deixou desagradada pela protagonista infantil e pelas situações bobas apresentadas.
Para início de conversa, fica bastante nítido que todas as falhas da versão escrita foram consertadas na tela, então várias coisas que passaram meio que batidas, aqui, saltam aos olhos. Como, por exemplo, a relação de amizade entre Elle e Lee que é extremamente forte, sincera, possui regras bem legais - como sempre ficar feliz com o sucesso do seu amigo - e sofre abalos (como toda relação) mas não foi tão bem explorada quanto no filme, servindo quase como um pano de fundo.
Elle é uma protagonista que me cativaria caso eu tivesse lido sua história há alguns anos atrás, mais precisamente na minha adolescência, mas hoje não consigo condescender com suas atitudes infantilizadas e exageradas assim como o seu par romântico, Noah, que é bastante autoritário e tem com ela uma relação um tanto quanto desgastante e não muito saudável.
Um bom ponto é a escrita leve e fluída da autora, que proporciona uma leitura tranquila e bem rápida mesmo com as mais de trezentas páginas.
Se o filme ainda pode agradar aos jovens adultos que gostam de um bom clichêzinho de vez em quando, o livro definitivamente se destina aos adolescentes e àqueles que gostam de histórias mais ao estilo dos clássicos romances juvenis não muito maduros. Se você gosta desse estilo de romance, não custa dar uma chance.
Editora: Astral Cultural
Tradutor: Ivar Panazzolo Junior
143 páginas
2018
Elle não esperava por isso, mas aconteceu: ela é a namorada de Noah Flyn. Mas essa grande novidade acabou abalando a sua amizade com Lee e agora ela precisa encontrar um equilíbrio entre suas duas relações e decidir qual será o futuro do seu namoro, afinal o ensino médio logo irá acabar e Noah começará a faculdade. Tudo isso durante os dias de sol e água salgada das férias na casa de praia.
"Porque lá, com o mar e a areia e sem ninguém mais por perto, nenhum de nós se importava com o que as outras pessoas pensavam. Era como se o verão na casa da praia significasse que tudo era diferente - diferente da melhor maneira possível."
Um grande sucesso, principalmente por conta da sua adaptação pela Netflix, "A Barraca do Beijo" deixou uma grande quantidade de fãs querendo mais e, assim, a autora fez um spin off/continuação do primeiro livro que traz os personagens em uma viagem de férias na casa de praia da família Lee. Quando solicitei "A Casa da Praia" ainda não havia lido o primeiro livro e estava na empolgação do filme, então não sabia o que esperar mas por fim acabou sendo uma leitura que pouco acrescentou e contribuiu para confirmar a visão que eu já tinha dos personagens.
Continuando a história do casal antes de Noah ir para a faculdade, o livro traz as tradicionais férias de verão de Elle e companhia na casa de praia dos Lee e apesar da mudança de cenário, as situações e o comportamento dos personagens são praticamente os mesmos: Elle continua com as mesmas atitudes infantis que ocasionam em atritos desnecessários e com as mesmas inseguranças e Noah com seus momentos autoritários - isso nas pouquíssimas vezes em que ele aparece, tornando o livro mais centrado na amizade de Elle e Lee do que no relacionamento com Noah -.
A protagonista passa grande parte do livro narrando e comparando as aventuras passadas que viveram na casa de praia, um lugar que ela vê como um porto seguro. O que a fazia questionar tudo e todos em pensamento, com medo das mudanças que viriam após o verão e isso fez com que a narrativa e o andar da trama fosse bastante maçante, provocando uma leitura lenta de um livro que é bem curtinho.
Com o intuito inicial de fazer os fãs matarem a saudade e sanar as dúvidas que ficaram pelo caminho - Os dois vão continuar juntos após Noah ir para a faculdade? O relacionamento à distância vai dar certo? - "A Casa da Praia" não conseguiu cumprir a sua missão e deixa o leitor com as mesmas questões não respondidas, após proporcionar uma leitura morna e que se mostrou um retorno mal planejado do casal.
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