Resenha: Na Companhia das Estrelas - Peter Heller

 
Editora Novo Conceito
Tradutora: Rosana Watson Martins Pereira
403 páginas
2013

O livro conta a história de um mundo que foi "esvaziado" por uma doença contagiosa. Os que não estão mortos, ou ainda estão com a doença, partindo lentamente, ou conseguiram escapar dela, que é o caso de Hig e Bangley.
Contudo, Hig ainda espera encontrar pessoas ainda saudáveis por aí e por isso, sempre sobrevoa com seu cão, Jasper, as cidades em um velho avião. Hig voa a procura de um pouco de amizade, amor e compaixão.

"Daqui de cima não havia infelicidade, sofrimento, conflitos, apenas desenhos e perfeição."

Eu começarei dizendo que a leitura de Na Companhia das Estrelas foi meio ruim pra mim, mas não por causa da escrita do autor, nesse caso. Não sei se é algo da tiragem do meu exemplar, ou de todos os exemplares da editora. Mas meu livro não tinha demarcação de falas! Eu simplesmente tive que adivinhar onde eram as falas, e a quem elas pertenciam, durante as mais de 400 páginas! Sério, gente, isso é péssimo. Parece até algo bobo, mas é horrível. Felizmente, conforme eu ia avançando na leitura, o problema ficou um pooouquinho mais suportável.



A palavra que uso para descrever a obra é superficial. Tem momentos fofinhos e divertidos, mas a maior parte é monótona. Dividido em três partes, o autor separou três acontecimentos importantes que basicamente definem a narração. É frustrante pensar nelas, e um dos eventos especificamente, me incomodou bastante, porque tirou muito da essência da história. As outras duas partes são um pouco mais interessantes, prendendo mais a atenção, mas sempre seguindo o mesmo ritmo lento.
Heller não fez uma boa condução também. Nos poucos momentos de ação, a narrativa não deixa o leitor intrigado, eletrizado ou até mesmo angustiado. Volto a repetir, talvez a falta de demarcação de falas tenha atrapalhado bastante, mas a leitura não me transmitiu nenhuma emoção. A ação vem, vai e você se pergunta "é só isso?". Além de tudo, não lemos muitos momentos com o cão Jasper. Ele parece importante pela sinopse, mas não há muitos momentos com o dono durante o livro.

O ponto alto da obra são os personagens. Apesar de não ter gostado do protagonista, ele tem ótimas reflexões, e as memórias dele de sua antiga vida foram a parte mais interessante de ler. Bangley foi meu personagem favorito, com personalidade difícil, mas cativante.
Eu tenho que confessar que o trio Hig-Bangley-Jasper me lembrou bastante do filme O Cão e a Raposa, com toda sua atmosfera. Não direi nada além, para não estragar a leitura!


"Fico pensando o que é essa necessidade de falar. Animar de algum modo a quietude mortal da beleza mais profunda: respirar vida ao falar."

Em resumo, Na Companhia das Estrelas é um livro bonitinho, mas sem nada de novo, sendo bom para passar o tempo.

3 comentários:

  1. Olá Camila

    Não posso acreditar! eu morri de vontade de ler esse livro!mas não tenha a minima vontade de ler algo que não se desenvolve, a historia precisa cativar e chamar a atenção do leitor, é uma pena!pois o livro sempre me chamou bastante atenção!! em relação as demarcações de fala na passei por isso, é realmente horrível a gente perde gosto!

    mesmo assim,parabéns pela resenha!

    Beijos

    http://resenhaatual.blogspot.com.br/

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  2. Oi Ingrid!
    Eu também estava super ansiosa pra ler, porque sou aficcionada em astronomia. Quando encontrei promoção dele, quase pirei. Tem uma boa narrativa, mas falta muito aprofundamento, em todos os assuntos abordados.
    Quanto a demarcação, nem comento. Ainda estou frustrada com isso! Hahaha

    Beijos.

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  3. Fiquei muito curiosa para ler esse livro *--*, adorei a resenha. Bjs
    http://purcinos.wordpress.com/

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