Editora Agir
Tradutora: Dênia Sad368 páginas
2014
Um romance baseado em
uma história real, A Bibliotecária de Auschwitz conta a história
de Edita Adlerova e o bloco 31. No Bloco 31 funciona – sem os
nazistas terem conhecimento disso – uma pequena escola, para que as
mais de 300 crianças não fiquem paradas sem aprender. Dita é a
bibliotecária – conta com livros contrabandeados para o campo de
concentração e livros vivos (professores que contam um livro de
cor). A Bibliotecária de Awschwitz é um fortíssimo relato que
mostra o horror que foi o nazismo e como um pequeno grupo lutou
contra eles para que se mantessem vivos, em todos os sentidos.
O tema Segunda Guerra
Mundial me agrada muito. Eu sei, pode parecer horrível, mas o
assunto me fascina bastante. Quando descobri A Bibliotecária de
Auschwitz, me empolguei bastante, por inúmeros motivos. Felizmente,
me apaixonei pelo livro. Não pelos horrores que retrata, mas pela
força que é mostrada e como é narrado. Eu nunca tinha lido um
livro sobre a segunda guerra que se passasse no campo de
concentração, e a experiência foi mais intensa do que qualquer
outro que eu tenha lido, como O Diário de Anne Frank ou Toda Luz que
Não Podemos Ver.
O livro conta a
história de Dita Adlerova, que tem 14 anos e foi pega com a família
quando tinha 9. Ao contrário de todas as possibilidades, um grupo
conseguiu formar uma pequena escola no bloco 31, formada por Fredy
Hirsch, um judeu que tem contato com os alemães e conseguiu um bloco
para que as crianças ficassem “acumuladas”, para que seus pais
trabalhassem melhor.
É narrado em terceira
pessoa e no presente, o que foi uma grande sacada, porque o leitor
acaba se ambientando melhor na história, e, como no meu caso, pode
imergir no mundo de milhares de judeus em 1944.
Apesar da obra ser
focada na jovem garota, o autor dedica vários capítulos à visão
de outros personagens, em histórias paralelas que conforme a leitura
avança, se entrelaçam, o que enriqueceu muito a história, por não
se focar apenas em uma pessoa, e sim em como várias tiveram além do
sofrimento coletivo, suas angústias pessoais.
O que mais gostei foi
que Dita passa por poucas e boas pra proteger os livros e as crianças
do barracão, mesmo tendo apenas 14 anos. Ela demonstra coragem para
peitar os nazistas, se for preciso, e um carinho enorme com os
livros. Ela permanece uma garota extreamente corajosa, mesmo quando
tudo parece desabar sobre ela, mesmo quando ela vê pessoas queridas
indo embora. Gostei muito de Miriam e Fredy, que assim como Dita,
eram de personalidades fortes, e faziam o impossível para que a
escola permanecesse “invisível” aos olhos dos kapos e homens da
SS, além de sempre tentarem conseguir comida e materiais para que os
pequenos pudessem continuar vivendo. Todos os personagens foram muito
especiais para mim, até mesmo aqueles que não aparecem tanto, como
o professor Ota e Alice.
O único ponto negativo
ao meu ver é que há MUITAS pessoas no livro. E como a maioria
tinham sobrenomes difíceis pra mim, e que pareciam todos iguais,
fiquei confusa muitas vezes durante a leitura, e senti falta de um
anexo com uma lista com todos os personagens e quem foram, para que
me ajudasse a localizar todos eles.
É claro que, pelo fato
de o livro se passar em Auschwitz, o final não vai ser feliz. Pra
algumas personagens são, mas foi uma história real, e muitas
pessoas sofreram. Chorei inúmeras vezes, não só pela tristeza e
horror pela qual as pessoas passaram, mas também ao me questionar,
como muitos, como há pessoas que podem fazer tamanho mal, como os
nazistas fizeram.
Ao fim do livro, há
uma lista para contar o que aconteceu no fim com inúmeros
personagens depois que a guerra acabou, e aí sim, podemos ver finais
mais felizes.
A Bibliotecária de
Auschwitz é um romance fantástico, e acredito que todos deveriam
ler, principalmente se têm um grnade carinho pelos livros. Me
emocionei e tirei lições importantes, além de me fazer compreender
melhor a situação pela qual tanta gente passou.
Me lembrou a força e a tristeza do Diário de Anne Frank chorei com aquele livro e acho que esse não será diferente..muito bom bj
ResponderExcluirhttp://theluckstar.blogspot.com.br/2016/02/os-livros-de-esteros-as-cronicas-de.html
Nossa, eu tô apaixonada no seu blog! Ele é muito fofo *.* Bom, sobre o livro, sempre me interessei nesses que se passam dentro do ambiente da segunda guerra. O livro em ocasião tem tudo para tocar o leitor, ainda mais sendo baseado em fatos. Parabéns pela resenha! Bjs,
ResponderExcluirwww.estranhoscomoeu.com
Olá, Camila, tudo bem flor?
ResponderExcluirVocê sabe que não gosto muito de ler livros que abordam a segunda guerra mundial, não por que leitura seja ruim, mas como você mesma disse, se trata de algo muito intenso e triste, saber que tudo aquilo e real, do quanto ser humano pode ser ruim se ele quiser e choque, o mundo não e fácil mas antigamente era pior, óbvio! Eu sou uma pessoa bastante observadora além de adorar fazer pesquisar e ter uma grande reflexão sobre elas! Mas dói certas coisas, mas acredito que este livro eu leria, na verdade vou ler! Não sei por que, mas sua resenha me conquistou, acho que esteja precisando de algo assim, que me deixe em transe alguns dias, você esta de parabéns!
Beijinhos.
Resenha Atual.
Eu também gosto muito de estudar sobre a Segunda Guerra Mundial e o único livro que li sobre essa época foi O Diário de Anne Frank, mas me sinto uma monstra por não ter me emocionado e achado o livro maravilhoso. A Bibliotecária de Auschwitz parece ser bem interessante, vou tentar ler assim que possível!
ResponderExcluirUm beijo, Aninha
https://thatisrealme.blogspot.com.br/