Editora Seguinte
Tradutor:
424 páginas
2015
O mundo em que Mare
Barrow vive é dividido em dois: entre aqueles que possuem sangue
vermelho, e os que possuem sangue prateado, que além de terem sangue
de uma cor diferente, também têm poderes de variados tipos. Ela é
uma vermelha que rouba as pessoas para sobreviver e para ajudar os
pais em casa, já que não teve condições de fazer qualquer outra
coisa para sustento. Entretanto, após conhecer um homem misterioso,
a garota consegue um emprego como serviçal no palácio real, que
obviamente, é governado pelos prateados. No meio da escolha para
futura rainha, Mare sem querer descobre que possui poderes, como os
prateados e por isso, a família real se vê obrigada a ter que
escondê-la, fazendo-a da nobreza prateada, herdeira de uma casa
extinta, e prometendo a mão do príncipe mais novo a ela. Tudo para
que não descubram que ela é uma vermelha poderosa.
"O mundo é prateado, mas também cinza. Não existem o preto e o branco."
Desde o lançamento, eu
estava bem ansiosa para ler A Rainha Vermelha. Todos falavam muito
bem, a premissa do livro era interessante, e os direitos para um
filme estavam comprados. Infelizmente, o livro não era o que eu
esperava e acabei me decepcionando um pouco. A premissa de fato é
ótima, os personagens são bem desenvolvidos, mas a história geral
não é, e vou explicar o porquê de eu achar isso.
A Rainha Vermelha é o
primeiro livro de Aveyard, e damos de cara com uma distopia nova
(apesar de semelhanças com outras, mas claro, isso é comum a todos
os livros do gênero), com uma história original, sem deixar de
tratar sobre os problemas políticos e sociais no universo criado.
A história começa de
maneira simples, mostrando todas as dificuldades pela qual a
protagonista – e as pessoas que possuem sangue vermelho no geral –
têm que passar. Passam fome, não têm conforto, precisam assistir à
duelos e se algum vermelho completa 18 anos e não trabalha ou
estuda, deve ir para a guerra, que é o futuro que aguarda Mare. Até
que ela conhece alguém que muda sua vida e a deixa de cabeça para
baixo.
A narrativa é leve,
fluída e fácil, e quando eu percebi, já tinha passado da metade da
história, já que é bem escrita, criando um universo envolvente e
viciante, que nos deixa sedentos para ler mais. Contudo, acredito que
ela pecou na hora de nos apresentar o mundo criado. Muito original e
cheio de detalhes, mas tão cheio de detalhes que é difícil
acompanhar e lembrar de tudo. Exemplificando, todos os prateados
possuem poderes, que podem ser diferentes, e por isso são muitos
nomes a serem guardados. Acabei me esquecendo de vários, já que nem
todos os nomes davam para relembrar a partir da palavra.
Outro ponto é que a
autora vai jogando as informações como se fossem meros detalhes,
simplificando até acontecimentos importantes. As informações no
início da obra são apresentadas como se o leitor já conhecesse a
história toda e soubesse tudo sobre esse mundo. O que podia ser
melhor explorado e explicado, pode acabar confundindo o leitor.
Apesar das falhas da narrativa, Victória soube evoluir durante a
escrita, onde os erros e confusões diminuem bastante.
Já as personagens
foram muito bem desenvolvidas. Assim como os poderes, são muitas
pessoas na trama, mas é difícil esquecer de Julian ou Walsh, por
exemplo. Felizmente, a autora desenvolveu muito bem todos eles e
inseriu características que os pontuam fortemente, fazendo-os bem
distintos, como os príncipes Cal e Maven.
Me surpreendi
positivamente com a atenção dada à história da realeza, e como –
como sempre – ela é mostrada como algo tão sujo, tão cheia de
intrigas, onde todos buscam o poder. Essa parte foi detalhada com
cuidado, não ficando confusa e com muitas informações dadas na
hora certa.
Gostei muito da Mare,
porque mesmo sendo uma protagonista, ela não finge ser forte, ela É
forte. E acima de tudo, ela é humana. Ela não esconde o medo, ela é
egoísta quando precisa, é atruísta quando precisa. Ela entra na
farsa da nobreza para salvar a própria vida, mas não significa que
ela vá esquecer das pessoas que possuem a mesma cor de sangue que
ela.
O final foi sufocante e
angustiante. Sem guerras, mas com a faísca usual para começar uma.
Há um conselho que Mare repete durante o livro e me sinto agora uma
idiota por não ter dado ouvidos. Victória teve uma sacada genial e
soube terminar o livro com um bom gancho para o segundo, deixando o
leitor desesperado para saber o que realmente vai acontecer, e
quantas reviravoltas ainda podem acontecer, além do fim de que
alguns personagens podem levar.
Apesar de alguns erros
em minha opinião, houve muitos acertos também. A Rainha Vermelha é
uma nova distopia que veio para ficar. Espero que a autora continue
evoluindo e que o segundo livro seja muito melhor.
Sobre a duologia:
A Rainha Vermelha é o
primeiro livro de uma duologia que, antes mesmo do seu lançamento
nos Estados Unidos, teve seus direitos para adaptação comprados
pela Universal. O segundo livro sai em 2016 lá fora, e deve ter um
lançamento próximo a data original aqui no Brasil.
Oi *u* Esse livro está na minha lista de leituras desde o ano passado '- ' e até agora não tirei um tempo para lê-lo, pretendo mudar isso esse ano huehue, a resenha ficou incrível e me acrescentou uma curiosidade a mais :3 beijos e até. ♥
ResponderExcluir{ Radioativa }
Olá Camila
ResponderExcluirTudo bem?
Apos ler sua resenha, percebo que concordo com você em alguns pontos, principalmente quando se trata de muitos detalhes em relação algumas situações e cenários, mas o que realmente me incomodou apesar de adorar a historia foram as semelhanças entre outras, NOSSA PELO AMOR DE DEUS! Apesar de ter favoritado me arrependi em fazer isso depois! A historia e boa, mas a impressão que tive e como se a autora não tivesse criatividade o suficiente HAHAHAHA mas gostei da leitura e espero ler a continuação apesar dos pesares, sua nota e muito valida!
Adorei a resenha.
Beijos
http://resenhaatual.blogspot.com.br/
@Geovana Silva
ResponderExcluirOi! Ele também estava na minha lista há um bom tempo e li assim que consegui. Espero que goste dele quando ler.
Obrigada pelo comentário, beijos!
@Resenha Atual
ResponderExcluirEu realmente não consegui me conectar com o livro. Eu até pude relevar até certo ponto semelhanças com Jogos Vorazes, por exemplo, porque acho meio difícil uma distopia ser tão inovadora hahaha
Mas foi muita coisa pra confundir, com coisas falhas.
O que eu mais gostei mesmo foi o final, que me deixou bem animada para Espada de Vidro.
Obrigada pelo elogio, beijos!
Oi Camila!
ResponderExcluirAssim como você eu também tinha expectativas enormes com esse livro.Não é que eu não tenha gostado,mas tive exatamente os mesmos problemas que você teve.É muita informação que a autora vai jogando em cima do leitor e a gente acaba ficando meio perdido tentando se situar na história,mas no fim acabou sendo uma boa leitura e o final foi angustiante demais!Já quero o segundo pra ontem kkkkkkkkk
No começo até achei meio parecido com Jogos Vorazes misturado com X Men,mas aos poucos fui me envolvendo mais e me livrando desses rótulos.
Beijos!
http://livreirocultural.blogspot.com.br/
@Cláudio Cabral
ResponderExcluirOi, Cláudio! Tudo bom?
Exatamente, conseguiu expressar o que senti. Eu gostei, valeu a pena a leitura, mas houve falhas que me incomodaram bastante. O final foi fantástico!
Beijos.